D.Trump, o Presidente Bum-Bum.
Há dias, perante uma reunião da influente NRA - "National Rifle Association", oponente à política de maiores restrições à venda indiscriminada de armas, o Presidente dos EUA, Donald Trump, manifestou o seu total apoio áquela organização, argumentando que em França, caso as pessoas estivessem armadas, os terroristas que mataram dezenas de pessoas numa sala de espectáculos (o "Bataclan") teriam sido impedidos de o fazer.
E, para tentar mostrar o peso dos seus argumentos, teatralizou assassinatos individuais de espectadores, apresentando-se como um terrorista que convocava as suas vítimas uma a uma, simulando com a sua mão uma pistola para disparar o tiro fatal.
Dizia ele, Trump ("the D.Trwitter"...), na sua representação, algo do género "You, come here! Boom!" - ou seja, "Você aí, venha cá ! Bum!"...
(Só lhe faltava acrescentar - com inegável mas sinistra oportunidade - a frase que o celebrizou nos concursos televisivos "The apprentice" para selecção de candidatos a empregos: "You are fired"...).
Ninguém, que eu saiba, lhe referiu até agora que a metodologia de toda a gente andar armada não evitaria vítimas, por exemplo, no caso do atirador de Las Vegas, que disparou sobre uma multidão a partir de uma janela de um andar elevado - e usando uma carabina de repetição...
D.Trump, por outro lado, ter-se-á esquecido de referir que se não tivesse sido impedido - por um (in) oportuno calo ósseo num pé (aliás felizmente sarado algum tempo depois, - de combater no Vietname, os resultados da guerra teriam sido provavelmente outros, pois ele teria aplicado de imediato a sua receita: "Boom-Boom!"...
Um Presidente de um país com enorme força militar, económica, e financeira, mas que tem dividido e fracturado a sociedade americana, atinge agora o topo do ridículo com uma argumentação imbecil numa indigna representação teatral que o coloca em boa posição para lhe ser outorgado o cognome de Presidente Boom-Boom...
Presidente Bum-Bum...
6.Maio.2018