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Donald "Trwitter": Um Presidente, duas políticas - e muitos lapsos.
Donald "Trwitter": Um Presidente, duas políticas - e muitos lapsos.
No encontro do G7 que neste momento decorre em Biarritz este desconcertante Presidente já confessou que estava arrependido de ter aumentado a parada na guerra comercial com a China - e quase ao mesmo tempo a Casa Branca emitia um comunicado referindo que o projeto de aumento de taxas alfandegárias se mantinha....
Exemplos como este têm sido uma constante num mandato caracterizado pelo uso de expressões pelo menos curiosas quando não são inconvenientes ou suscitadoras de hilariedade, como o foi quando afirmou ter sido "the Chosen One" (expressão habitualmente usada para designar o "escolhido de Deus" em Isaías 42:2 - Bíblia) para conduzir a guerra comercial com a China - embora posteriormente tenha afirmado que se tratava de uma expressão sarcástica, apesar de pouco antes ter agradecido a quem o tinha designado como o "segundo Enviado de Deus" (para salvar o povo judeu).
Não satisfeito com todas estas intervenções aquele perturbado e perturbante espírito majestaticamente "truíta" esta semana no seu livrinho matinal de pensamentos "ordenando que as grandes companhias americanas iniciem" um processo de cessação de comércio com a China" ("our greater companies are hereby ordered")...
Como se tal coubesse dentro dos seus poderes - em que tal seria apenas permitido se houvesse uma situação oficial de Emergência Económica Internacional (o que não ocorre, ao contrário do que deu a entender num "Truito" dirigido aos jornalistas de "falsas notícias).
Confundindo a Inglaterra com o Reino Unido ao referir-se à Rainha Isabel II, juntou mais uma peça ao ramalhete de imprecisões quando "truitou", em vez de "Prince of Wales" (Príncipe de Gales) "Prince of Whales" ("Príncipe de Baleias")...
E, talvez achando pouco, desencadeou um conflito diplomático com a Dinamarca propondo, poucos dias antes de uma visita oficial àquele país, a compra da Groenlândia - cancelando logo a seguir a visita, irritado por tal proposta ter sido evidentemente considerada como um absurdo.
O que dizer de um País onde é possível a escolha de um Presidente deste coturno, e onde as sondagens lhe atribuem uma popularidade que não sendo maioritária não deixa de ser apreciável ao ponto de o sistema eleitoral permitir a possibilidade da sua reeleição?
Tanto nos EUA como na maioria dos Estados, os sistemas de eleição e governação estão precisando de uma profunda revisão.
A partir da base: o poder local.
25.Agosto.2019