."Ponto de vista": A UE à deriva após o "assassinato de Estado" ordenado por D.Trwitter


    A UE à deriva após o "assassinato de Estado" ordenado por D.Trwitter.

A morte do General iraniano Qassem Soleimaini através de um "assassinato de Estado" ordenado por D.Trwitter confirma um novo factor de instabilidade nas relações internacionais cujas consequências devem levar a União Europeia a reflectir sobre o seu papel no mundo e em particular sobre as suas relações com as grandes potências, nomeadamente os Estados Unidos da América, a China , a Federação Russa, e a Índia.

Nelas avulta o relacionamento com os EUA, em que o sistema político tem vindo a dar sinais de inconsistência, quer pela manutenção do Colégio Eleitoral para a eleição presidencial, quer pela importância do "raise money" para sustentar as campanhas eleitorais,  procedimentos que distorcem a vontade maioritária da população - como se verificou nas mais recentes eleições - e proporcionando a escolha de um inculto negociante hoteleiro, comprovado mentiroso (tal como demonstrado pela CNN), encapotado populista e autoritário sem quaisquer escrúpulos.

D.Trump - também conhecido como D.Trwitter - tem como único e principal objectivo a sua reeleição, e para tal - conhecedor da mentalidade dos americanos que o apoiaram em 2016 - não hesita em recorrer a todos os estratagemas para o conseguir.

E assim congeminou aquele assassinato para o ligar ao traumático acontecimento do sequestro de 52 americanos em 1979, na Embaixada dos Estados Unidos em Teerão,  para anunciar que em caso de reacção hostil iraniana não hesitaria em arrasar 52 locais importantes e culturalmente significativos como represália, mostrando assim como é um governante primitivo que não hesita em usar todos os meios para conseguir os seus propósitos.

A guerra de palavras que usou para mostrar a sua discordância relativamente ao gasoduto NordStream bem como as ameaças a esse respeito, de natureza comercial, demonstram que a própria União Europeia não escapa à sua fúria intervencionista, aliás também comprovada em descaradas intromissões na política interna do Reino Unido.

A União Europeia, como já foi referido no ponto de vista anterior, não deve deixar de se afirmar no cômputo com as restantes potências mundiais, começando por obter condições que permitam resistir às intervenções dos EUA no plano comercial e político, bem como assumir um papel activo e independente nas questões da sua defesa militar bem como da relativa aos Estados que requeiram o seu apoio.

5.Janeiro.2020