Ponto de vista": Um país que esquece os Deficientes das suas Forças Armadas...


      Um país que esquece os Deficientes das suas Forças Armadas...

... é um país que está perto de perder a sua dignidade.

E parece que tal está prestes a acontecer.

Cerca de 270 Deficientes das Forças Armadas (DFA) aguardam que seja aprovada legislação que apenas permita que - já sendo graduados num determinado posto - lhes seja concedida a promoção "de facto" a tal posto, tal como ocorreu em 2016 com cerca de 4 dezenas de Camaradas seus, tendo por lapso administrativo sido então esquecidos os restantes citados no início do presente texto.

Acresce que os respectivos encargos financeiros mensais orçam em cerca de 170 mil euros - sim, apenas 170 mil num orçamento em que a unidade de conta parece ser o milhão - o que não impediu uma significativa maioria de deputados de rejeitar a aprovação de fundamentada  proposta, análoga à que constava no referido orçamento de 2016 (então aprovada).

Dissolvida que foi a Assembleia da República, o assunto poderia ter sido  facilmente resolvido pelo Governo, pois a questão, embora inicialmente de iniciativa parlamentar, não era notoriamente exclusiva da Assembleia.

Ora bem - ou, mais precisamente, ora mal:

Chegou ao meu conhecimento de que, tendo sido sugerido ao Governo (que até tem disposto de uma Secretaria de Estado dos Antigos Combatentes, o que nunca tinha sucedido) que aprovasse um simples decreto resolvendo de vez o assunto, tal teria sido rejeitado.

Seria lamentável que esta questão pudesse vir a público nas próximas semanas, na sequência da provável frustração de vários dos meus Camaradas d'armas que me têm dado a conhecer o seu desânimo, e que nesta época festiva que precede a eleitoral esperariam de quem - deputados primeiro, e agora governantes - tem obstruído uma rápida e simples solução, 

Tais responsáveis encontrariam já muitos octogenários.
Seriam capazes de os encarar ?

26.Dezembro.2021
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