De que está à espera António Guterres?
Passou já um ano desde que o Secretário-geral da ONU preferiu um importante discurso em que apontou várias remodelações de que diversas instituições internacionais necessitavam, entre elas o Conselho de Segurança, o Fundo Monetário Internacional, e o Banco Mundial.
É certo que também se referiu a importantes problemas que afectam o mundo em geral - desde a pandemia às desigualdades sociais, a herança do colonialismo bem como a crise ambiental e ao avolumar de desinformação em áreas sensíveis.
Porém uma linha de ação é apelar a uma resolução de problemas, e outra é apresentar planos eficazes para minorar os problemas que nos afligem e que são notoriamente prioritários na medida em que têm incidência em toda a humanidade: a pandemia e as alterações climáticas que já chegam ao ponto de se temer o enfraquecimento da Corrente do Golfo e do seu papel de regulação das massas de água e das temperaturas delas decorrentes.
A.Guterres tem assim que obter coragem para com toda a autoridade moral e institucional de que dispõe lutar - agora sem o "bicho mau" Trump - com empenho por urgentes reformulações institucionais.que passariam pela outorga de grandes capacidades executivas a organizações como a Mundial de Saúde, e por criar uma Agência Mundial do Ambiente.
Não esqueçamos que sem um planeta em que se possa viver ou com uma humanidade em definhamento todos os outros problemas passam para plano secundário.
Assim António Guterres poderia descansar, pois os pântanos pelos quais tanto receia talvez pudessem desaparecer e o seu nome ficar associado uma nova era.
8.Agosto.2021