Em homenagem ao Comandante Carlos Almada Contreiras,
que hoje faleceu,
dedico a este grande Alentejano uma nova edição da letra de José Afonso em "Grândola, Vila morena", aqui publicada no dia 28, que no passado dia 27 lhe cantarolei ao telefone pedindo-lhe o seu parecer, pois tinha sido ele o autor da ideia de a "Grândola" ser a detonadora, pela Rádio, da Sublevação militar de 25 de Abril de 1974:
Hino a Portugal.
Minha Pátria Portugal
Terra da fraternidade
Eis um povo sem igual
E de grande qualidade
Dentro de ti amizade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Em harmonia serena
Em cada país um amigo
Em cada raça igualdade
Estará sempre contigo
A busca da felicidade
Não queremos ditaduras
Marcamos - nossa vontade
Abaixo noites escuras
Somos pela Liberdade !
Novembro de 2024.
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(E para ser entoado "Grandolameeeente", com prolongamento de algumas vogais:)
Hino a Portugal
Minha Pátria Portugaaal
Terra daa fraternidaade
Eis um povo sem iguaaal
E de grande qualidaaade
Dentro de ti amizaade
O povo éé quem mais ordeeena
Terra daa fraternidaaade
Em harmonia sereeena
Em cada país um amiiigo
Em cadaa raç igualdaade
Estará seempre contiiigo
A busca da felicidaaade
Não queremos ditaduuuras
Marcamoos - nossa vontaaade
Abaixó noites escuuras
Somos pela Liberdaaade !"
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Carlos Almada Contreiras, face ao meu pedido de opinião, hesitou, enquanto bom Alentejano.
Mas concordou com a intenção de modestamente se apresentar uma maior abrangência das palavras de José Afonso.
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O Comandante Carlos Almada Contreiras foi quem me indicou para, a pedido do então Comandante Pinheiro de Azevedo - que comandava a F.Fuzileiros do Continente - coordenar as Forças de Fuzileiros que, comandadas pelos então 1º Tenente Fernando Vargas de Matos e 2º Tenente Lobo Varela, viriam a participar na ocupação da sede da DGS/PIDE, em conjunto com um Esquadrão de Cavalaria 7 (Estremoz) comandado pelos então Capitães Andrade Moura e Alberto Ferreira; e na ocupação da Prisão Política de Caxias, com Forças de Fuzileiros comandadas pelo então Capitão-tenente Abrantes Serra, e seu Imediato Luís Pedreira Carneiro, em conjunto com Forças Paraquedistas comandadas pelo então Capitão-Paraquedista Mário Pinto
Homenageio assim - singela mas tristemente - quem assim contribuiu decisivamente para um outro rumo à minha carreira profissional.
E, obviamente e principalmente, para um novo rumo de Portugal para se tornar um Estado de Direito Democrático, em que as decisões para o seu futuro fossem determinadas por cidadãos livremente eleitos.
Até sempre, Carlos !
Luís
(Teu colega - um pouco mais velho - no Liceu de Setúbal)
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