Abril, 40 anos. E agora ?
Hoje é o dia em que assumem o seu ponto mais alto as comemorações do acto revolucionário que há 40 anos deu início a uma profunda transformação do nosso país, e que poderia e deveria ter tido lugar muito antes.
Pautadas por divisões entre o Carmo e São Bento, há que reflectir sobre o seu futuro, inelutavelmente ligado ao de Portugal, e procurar caminhos que levem a que esta data seja um factor de união, porque associada à liberdade política e à vida em democracia.
E, como o tenho vindo a afirmar nestas net-páginas, só vejo um caminho: o aperfeiçoamento do regime de democracia representativa no sentido de passar a ser também participativa.
Aperfeiçoamento que induziria necessariamente nos partidos políticos uma abertura à sociedade que agora está muito longe de acontecer, e que teria efeitos positivos no modo de governação.
Caso não se evolua em tal sentido, os cidadãos sentir-se-ão cada vez mais afastados daqueles que elegem, numa senda marcada por uma "apagada e vil tristeza".
25 de Abril de 2014,