"American intelligence has tracked the planes that carried out the attacks and determined that they were Syrian government warplanes that had departed from and returned to the base." (New York Times, 7.Abril.2017).
"In Syria, a terrible war crime has been committed. The civilian population in a rebel-held town called Idlib was hit with poison gas. Dozens of civilians, including children, died a miserable death.
Who could do such a thing? The answer was obvious: that terrible dictator, Bashar al-Assad. Who else?
And so, within a few minutes (literally) the New York Times and a host of excellent newspapers throughout the West proclaimed without hesitation: Assad did it!" (Uri Avnery, in "Cui bono", 15.Abril.2017).
" The UN vote came shortly after U.S. Secretary of State Rex Tillerson met in Moscow with Russian President Vladimir Putin and Foreign Secretary Sergei Lavrov on Syria and other issues dividing their countries. Russia wants an international investigation of the chemical attack, Lavrov told reporters in Moscow."(Bloomberg, 12.Abril.2017).
" The UN vote came shortly after U.S. Secretary of State Rex Tillerson met in Moscow with Russian President Vladimir Putin and Foreign Secretary Sergei Lavrov on Syria and other issues dividing their countries. Russia wants an international investigation of the chemical attack, Lavrov told reporters in Moscow."(Bloomberg, 12.Abril.2017).
" 7.Março.2003 - George Bush afirma, num comunicado geral ao povo dos EUA, que “a informação recolhida por este e por outros governos não deixa qualquer dúvida de que o regime do Iraque continua a possuir e a esconder algumas das mais letais armas jamais inventadas".
Frei Eugénio acaba de me dar a conhecer a desassombrada opinião de Uri Avnery, de que reproduzi um extracto significativo de ponderosa e ponderada intervenção com todo o peso de uma personalidade que ao longo dos seus mais de 90 anos de idade tem demonstrado uma corajosa independência.
E se nos lembrarmos da construção de outro mito significativo que deu origem à enorme mudança geopolítica ocorrida no Médio-Oriente e no Mediterrâneo, mito esse recordado no citad extracto da famosa Declaração de G.Bush, temos suficientes razões para duvidamos das "verdades" que nos são apresentadas, a que acrescem as que circulam e circularam nas chamadas "redes sociais" a propósito das recentes eleições presidenciais nos EUA.
O xadrez estratégico que se joga no "Siriaque" e nos Estados vizinhos, com inúmeros actores intervenientes, tanto manipuladores como manipulados, é suficientemente complexo para que possamos acreditar nas primeiras informações que nos sejam apresentadas.
E é difícil acreditar que B.Assad, jogador calejado, tenha cometido o erro clamoroso de usar armas químicas num objectivo de reduzido valor político e militar.
Quando saberemos o que se passou ?
A minha experiência pessoal com a História, se bem que reduzida mas embora com algum significado, diz-me que por vezes só muito mais tarde é que surgem informações determinantes para a compreensão do que sucedeu em importantes circunstâncias.
No presente episódio talvez tenhamos que aguardar pelo menos o mesmo tempo que se demorou a constatar a inexistência das armas invocadas para a segunda invasão do Iraque.
16.Abril.2017
