"Ponto de vista" - S.Hawking faleceu - mas não as suas ideias.
S.Hawking e a sobrevivência do Homem.
Tal como já escrevi anteriormente nestas páginas, e por mais que uma vez - a mais recente há quase um ano -, considero que Stephen Hawking foi, além de notável cientista e exemplar personalidade, uma das pessoas (talvez não muitas) que se preocupam com a sobrevivência da Humanidade enquanto habitante de um planeta em que os riscos de catástrofes globais posssam vir a ter uma acrescida probabilidade de ocorrência susceptível de conduzir à aniquilação do Homo Sapiens Sapiens.
É por esta razão que, passados poucos dias sobre o falecimento de Stephen Hawking, trancrevo e actualizo hoje o essencial do que já referi a propósito das suas ideias sobre o nosso futuro.
Tal como os órgãos noticiosos de maior relevância mundial referiram, S.Hawking sustentou sempre que temos apenas um século para descobrirmos um planeta onde a espécie humana actual possa sobreviver, pois crescem as ameaças que sobre ela pendem, entre as quais citou as alterações climáticas, a possibilidade da queda de um asteróide no planeta, epidemias, e o crescimento populacional.
Às quais se podem acrescentar as hipóteses de proliferação de um novo vírus, da eclosão de erupções vulcânicas emissoras de enormes quantidades de cinza, o sempre possível conflito nuclear, químico, ou bacteriológico -todas elas, bem como as inicialmente citadas - susceptíveis de dar origem a um mundo em que os possíveis raros sobreviventes não conseguiriam reconstruir a espécie.
Acrescem agora as possibilidades de algumas destas situações serem detonadas por intervenção de "Inteligência Artificial Não Controlada"...
Quer na visão de Elon Musk, quer na da própria NASA, há condições para dentro de poucos anos se poderem estabelecer as primeiras colónias em Marte, concretizando-se assim um primeiro passo para o que se poderia considerar uma emergência imediata.
No entanto, não se pode nem se deve apostar tudo num único modelo alternativo de sobrevivência de representantes-herdeiros da nossa espécie, pelo que cabe às comunidades científicas internacionais estudar outras hipóteses.
E sabe-se quem tem o dever de suscitar o estudo destes desafios, bem como de promover o necessário esforço financeiro internacional para que tal possa ter sucesso.
Trata-se de alguém que, em relevante cargo da mais importante organização internacional, terá a oportunidade, quiçá a obrigação, de suscitar a cooperação internacional nesta vital área para a sobrevivência de uma espécie que penosamente chegou a um limiar de conhecimento a partir do qual tudo, ou quase tudo, parece vir a ser possível.
Trata-se do Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas.
18. Março. 2018