Forças Armadas: reorganizações apressadas ...

   A recente convocação do Conselho Superior Militar, noticiada pelo "Expresso" de 1 de Abril (e não desmentida posteriormente como mentira comemorativa...), permite supor que tenha acontecido por sugestão do Comandante Supremo das Forças Armadas após eventualmente se admitir que talvez não tivesse sido suficientemente consultado no apressado processo - descrito nestas páginas no dia 21 de Março - que, apresentado pelo Ministro da Defesa, propunha uma profunda reorganização da estrutura de Comando da Defesa Nacional, em rapidïssima sucessão de pareceres culminando em audição do Conselho de Estado, que se limitou  - em pleno estado de emergência... - a ouvir o Ministro, conforme referido no comunicado oficial.

Noticia o Expresso que na reunião - em 30 de Março -  do Conselho Superior Militar que, recorde-se, é composto pelo Ministro da Defesa Nacional, Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, e Chefes dos Estados-Maiores dos três Ramos, estes três altos responsáveis propuseram ao Governo alterações ao citado projecto de reorganização, de modo a que o Conselho de Chefes de Estado-Maior não perdesse poder deliberativo e que não deixasse de despachar com o Ministro da Defesa Nacional em matérias estruturantes.

Realmente seria estranho que o Conselho Superior Militar  (principal órgão de consulta do ministro da Defesa Nacional) não tivesse estudado profundamente tão importantes processos de reestruturação - acrescendo serem apresentados com aparentes traços de extrema - extremíssima - urgência.

É caso para recordar o início de um conhecido provérbio:
"cadelas apressadas parem..."

4.Abril.2021
......................

Último "Ponto de vista": Sobre uma necessária revisão constitucional