Círculos uninominais - reavaliação das propostas mais recentes.
Tenho defendido que a Democracia começa na vizinhança e no diálogo presencial - agora com o recurso complementar a telencontros, e com uma maior densidade de informação e comunicação devido ao crescente uso da Internet - isto em sociedades tecnologicamente mais desenvolvidas, como é óbvio.
E, como tal tenho sustentado que um sistema político mais saudável assentaria num misto de representação indirecta a partir do Poder Local - as Assembleias de Freguesia - conjugado com eleições directas em escalões intermédios, de modo a ser obtido um Parlamento decorrente de tal processo.
No entanto, tal perspectiva não é susceptível de concretização no actual quadro constitucional, pois os próprios limites materiais de revisão constitucional não permitem eleições indirectas de órgãos de soberania (apesar de ter havido excepções, algumas bem tortuosas - como foi o caso das CCDR ).
Assim, critiquei também os modelos assentes exclusivamente em círculos uninominais, por considerar que a relação eleito/eleitores não permitiria uma representação minimamente desejável.
Entretanto foram surgindo diversos estudos e modelos, que foram objecto de profunda análise, e de propostas de alternativas, por um meu Camarada d'armas, e que foram atentamente escrutinadas por outro, em solução que me satisfez por ter sido encontrado um equilíbrio entre a proporcionalidade e a uninominalidade susceptíveis de poderem aumentar o grau de satisfação com o sistema político delas decorrente, e que espero possam ser em breve submetidas a discussão pública.
11.Maio.2022