....... 28.Out.2022
Comentando um artigo sobre cenários a propósito da guerra na Ucrânia:
Do que o autor descreve, a única saída que de momento parece possível é a que decorreria do que eu chamaria de "Acordos de Mansk, ou Mensk, ou Monsk, ou Munsk", em que as novas "repúblicas" de Lugansk e Donetsk bem como a "república" da Crimeia, constituiriam, com a Ucrânia, uma União Federal Ucraniana.
Haveria assim cedências mútuas, embora a nova situação pudesse ser considerada como uma meia-derrota - tanto russa, como ucraniana.
Porém esta perspectiva parece pouco passível de ocorrer.
Assim, caso a Ucrânia consiga resistir durante bastante tempo (com um aumento ainda maior da sua capacidade bélica, em quantidade e qualidade, e resistindo à enorme perda de vidas provocada por uma possivel "desdrenização" (do arrasar de Dresden), de falta de água, energia, alimentos, hospitais, destruição de vias de comunicação e de estruturas internéticas, ataques espaciais, etc.), o inevitável Golpe de Estado surgirá num dos conflituantes - o russo, por não conseguir vencer, ou o ucraniano, para evitar a aniquilação - em que qualquer deles ficará psicologicamente diminuído.
Poderá também, e ainda, haver uso - limitado - de guerra pandémica ou química, ou a ocorrência de novos tipos de guerra (o recente exemplo dos "dronirões" é prova de tal).
Cenários estes a admitir caso não ocorra uma escalada nuclear susceptível de apagar a vida em quase todo o mundo.
E, entretanto, assistimos a tentativas de destruição da democracia no Globo, através da exploração das falhas do sistema político, com origem na falta de participação na escolha dos dirigentes, fomentada quer por exércitos partidários, ou por forças que controlam estruturas estatais.
Para, ajudadas por meios de alienação através de transmissões televisivas ou de difusão manipulada através das chamadas "redes sociais", conduzirem a escolhas populistas como as que ocorrem ou ocorreram em 3 dos Estados mais povoados do mundo: os EUA, o Brasil, e a Índia.
Para não falarmos da Itália, do Reino Unido Brexitiano, das Filipinas, e - porque não? - da China.
Deprimente situação, a que vivemos.
E tudo por causa de dirigentes mal escolhidos ou impostos à força.
Sim, porque a generalidade dos povos prefere viver em paz, tanto no plano externo como no interno.
A tal matéria - os sistemas políticos - voltarei em breve.
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