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10.Jun.2019

" Senhor, a noite veio e a alma é vil. 
Tanta foi a tormenta e a vontade! 
Restam-nos hoje, no silêncio hostil, 
O mar universal e a saudade. 

Mas a chama, que a vida em nós criou, 
Se ainda há vida ainda não é finda. 
O frio morto em cinzas a ocultou: 
A mão do vento pode erguê-la ainda. 

Dá o sopro, a aragem — ou desgraça ou ânsia — 
Com que a chama do esforço se remoça, 
E outra vez conquistaremos a Distância — 
Do mar ou outra, mas que seja nossa! "

(Em 10 de Junho - Dia de Portugal - a voz de Pessoa, de uma Pessoa, da Pessoa...).

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