Kharkiv, Budapest, Minsk, Crimeia...

 ...... 18.Maio.2024

A ofensiva da Federação Russa sobre Kharkiv poderá significar uma passagem do conceito de "Operação militar especial" sobre a Ucrânia a uma implícita situação de guerra total.

Recordemos que foi há 30 anos (1994) assinado o "Memorando" de Budapest, entre a Federação Russa e a Ucrânia, e que no corrente ano de 2024 se completam 10 anos sobre os "Acordos de Minsk" e a ocupação  da Crimeia.

Acordos de Minsk que foram paulatinamente desrespeitados (cada uma das partes de tal acusando a oposta).

Tudo isto sob o olhar "distraído" da União Europeia...

É oportuno falar-se nestes assuntos, mesmo com os habituais atrasos nacionais - recorde-se o problema colonial, que no mínimo deveria ter sido abordado em 1954, e não 20 anos depois.

Acresce que 5 anos depois de Minsk ocorreu o referendo que determinou a Brexit - com os consequentes resultados nas já de si débeis políticas de segurança e de defesa da UE - acrescendo o muito recente agravamento dos confrontos militares no NE da Ucrânia (uma das fronteiras da União Europeia).

A qual UE tem fingido que olha para estes assuntos - logo a seguir a 2014 -julgando que "debaixo das saias da mamã Nato-americana" os assuntos se resolveriam, esquecendo as recentes mudanças de humor do respectivo Congresso.

E em Portugal, existe um (de novo desactualizado) Conceito Estratégico de Defesa Nacional, que sobre conscrições pouco diz.

A situação é séria.

Seria oportuno que a Assembleia da República pensasse seriamente nestes assuntos, sem porém esquecer que não se mudam mentalidades nos jovens em meia dúzia de meses, seja em serviços cívicos, seja em arremedos de "serviço militar".

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